O anúncio do desenvolvimento do Ubuntu Edge, o "PC-phone" da Canonical, trouxe empolgação aos entusiastas do software livre e da inovação tecnológica. Mais do que isso, em tempos de espionagem, o dispositivo parece ser uma alternativa para quem não quer ser rastreado pelo governo dos EUA. Entretanto, o fundador da empresa não garante isso.

Mark Shuttleworth, criador do Ubuntu, participou de um IAmA no Reddit, onde foi questionado sobre a privacidade dos usuários do Edge, mas não pôde dar certeza de que eles estarão protegidos.

"Certamente teremos mais facilidade ao oferecer transparência do código da nossa plataforma do que o Android, onde tudo é uma grande bagunça. O centro do sistema, que será atualizado regularmente, será rastreável ao código padrão do Ubuntu e os pacotes binários", ele afirma, mas logo em seguida faz uma ressalva.

"Haverá uma peça central em cada telefone, que gerencia o hardware, que consiste em kernel, drivers, firmware e interfaces de coisas como o rádio. É aí que que as coisas 'insalubres' podem acontecer por parte das fabricantes e operadoras. O que podemos oferecer é uma orientação construtiva", afirma Shuttleworth.

Google, Apple e Microsoft, que produzem os três sistemas operacionais móveis mais populares do mundo, têm sido muito citadas em envolvimento em esquema de espionagem governamental dos EUA e já geram desconfiança. O desenvolvimento do Ubuntu Phone é visto como uma das principais alternativas para quem gostaria de se ver livre desta espionagem.
 
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