Enquanto as operadoras promovem amplamente o 4G, a tecnologia
antecessora demora a se espalhar por todo o território brasileiro. Cinco
anos depois de lançado, o 3G chega atualmente a 2.827 municípios, pouco mais da metade dos 5.570.
Levantamento feito pela Agência Nacional de Telecomunicações a pedido do Farejatech
aponta que nenhum Estado é inteiramente coberto pela terceira geração
de telefonia, nem mesmo São Paulo e Rio de Janeiro. Minas Gerais é a
região com o maior número de locais descobertos (362).
Quando
assinaram os contratos para operar o 3G, em abril de 2008, as operadoras
se comprometeram a levá-lo a todas as cidades com até 100 mil
habitantes em até cinco anos, prazo já expirado. A julgar pela lista
fornecida pela Anatel, o cronograma vem sendo cumprido, já que a maioria
dos locais sem acesso tem menos de 30 mil habitantes.
Uma localidade é considerada atendida quando a cobertura contém, pelo
menos, 80% da área urbana. Para garantir a extensão da banda larga móvel
à totalidade dos municípios, houve contrapartida na concessão das
licenças do 4G. Ao concordarem com os termos de autorização, as
telefônicas disseram à Anatel que toda a população -- incluive nas áreas
rurais -- teria acesso à internet móvel até 2015.
A exploração
vem sendo feita por meio de radiofrequências que ficam entre 451 MHz e
458 MHz e entre 461 MHz e 468 MHz. As faixas menores foram destinadas
para oferta de serviços de voz e dados em regiões que ficam até 30 km
afastadas das sedes municipais (as áreas urbanas), inclusive dentro das
chamadas escolas rurais.
De acordo com o cronograma da agência,
até 30 de junho de 2014 30% das sedes municipais precisam contar com
serviços de banda larga com taxa de transmissão de 256 kbps de download e
128 kbps de upload, sujeitos a uma franquia mínima de 250 MB por mês.
O
percentual de locais atendidos subirá gradativamente, indo para 60% das
cidades em 31 de dezembro de 2014 e 100% em 31 de dezembro de 2015. Até
31 de dezembro de 2017, a velocidade terá de dar um salto para 1 Mbps
de download e 256 kbps de upload, mantendo a franquia mensal de 500 MB.
Se
não cumprirem as metas, as operadoras estão sujeitas a punições. Entre
penalidades de naturezas variadas, a Anatel pode aplicar multa de até R$
50 milhões caso considere que a infração em questão prejudica o setor.