Os técnicos se preparam para colocar em prática um projeto que vem sendo experimentado e desenvolvido nos últimos anos. Embora ainda não tenha sido testado em condições reais, o foguete projetado pela equipe de John Slough, líder da pesquisa, consiste em um sistema até simples de entender.
A máquina é feita a partir de vários anéis de lítio, que envolvem a área da câmara de combustão. Quando uma pastilha de isótopos de hidrogênio começa a fluir pela câmara, um avassalador campo magnético é criado, forçando os anéis de lítio a colapsarem. A implosão do metal ocorre a uma velocidade tão alta, que os átomos presentes na pastilha acabam fundindo. É mais ou menos o mesmo procedimento que acontece dentro dos cilindros do motor de um veículo a diesel: o pistão comprime o combustível a ponto de que ele exploda e o mova.
No caso do motor pensado pelos norte-americanos, a fusão cria uma explosão extremamente poderosa. Ela é capaz de ejetar os restos da combustão a velocidades de 108 mil km/h. A reação funcionaria uma vez a cada 10 segundos, criando uma velocidade total de 321 mil km/h, dez vezes mais do que a alcançada pela sonda Curiosity em sua viagem de quatro meses rumo ao planeta vermelho.
Um meio de se conseguir um processo sustentável e controlado de fusão nuclear vem consumindo bilhões de dólares em pesquisas há décadas. Ao contrário da fissão, usada nas usinas nucleares, a técnica é mais limpa e gera muito mais energia.
O grande desafio para o domínio dessa tecnologia sempre foi a criação de um sistema que gerasse mais energia do que aquela que é necessária para fazê-lo operar. Embora a pesquisa dos cientistas da Universidade de Washington pareça ter resolvido alguns dos problemas inerentes, há um consenso entre físicos de que a tecnologia necessária para a construção de reatores de fusão ainda está a algumas décadas de distância.
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