O Android é o alvo principal de praticamente todos os cibercriminosos que miram smartphones e tablets. A informação é do relatório Mobile Malware Evolution, publicado nesta terça-feira, 19, pela Kaspersky Lab.
A
pesquisa aponta que mais de 43 mil programas maliciosos para o sistema
operacional foram identificados pela companhia no ano passado. Isto
significa que mais de 99% das ameaças encontradas tinham aparelhos Android como foco. Segundo a empresa, o número se mantém nos primeiros meses de 2013.
O estudo realizado pelo analista sênior de malware da Kaspersky Lab
Denis Maslennikov mostra que menos de 1% das ameaças visava atingir
aparelhos que rodam outros sistemas operacionais.
Além da popularidade dos sistemas operacionais como ponto determinante, o
descuido dos usuários na hora de realizar a busca e download de
softwares com fontes suspeitas também ajuda no crescimento exponencial
da criação de ataques móveis.
Segundo o estudo, soma-se a esses
fatores a distribuição em curso de apps maliciosos na loja oficial do
Google, a Google Play, e a primeira aparição registrada de um aplicativo
com comportamento malicioso na plataforma oficial da Apple, a Apple App
Store.
As ameaças mais comuns no Android
podem ser divididas em três grandes grupos: SMS Trojans, que roubam
dinheiro enviando mensagens de textos para números premium; adware e
exploits que são utilizados pelos criminosos a fim conseguirem pleno
acesso ao dispositivo e aos dados nele armazenados.
Outro ataque
que chamou a atenção da companhia foi a botnet chamada Foncy. Por meio
dela, os crackers conseguiam controlar os smartphones e tablets. Os
suspeitos do desenvolvimento desta botnet foram presos pela polícia
francesa, mas suas ações podem ter dado um prejuízo de mais de 100 mil
euros às vítimas.
Já alguns dos aplicativos maliciosos criados para Symbian e BlackBerry
eram bastante específicos e tinham como alvo as contas bancárias das
vítimas. Em 2012, os profissionais da Kaspersky registraram novas
versões para os Trojans Zeus-in-the-Mobile e SpyEye-in-the-Mobile que
unem forças com suas versões para "desktop" a fim de tomar o controle
das contas de usuários de Internet Banking.
O malware móvel,
neste caso particular, é usado para roubar mensagens de autorização de
bancos - códigos mTAN - necessárias para realizar uma transação. O
malware, também esconde mensagens bancárias dos usuários, que permanecem
sem saber que alguma coisa está errada até que verificam suas contas
bancárias.
O relatório também apontou que os dispositivos móveis sofreram com
ciberespionagem. Um exemplo é o FinSpy, desenvolvido pela companhia
britânica Gamma International para uma prática controversa chamada
“vigilância legal”.
Outro caso é a ampla campanha de espionagem
Red October descoberta pela Kaspersky Lab: alguns dos módulos usados
pelos criminosos foram projetados especificamente para roubar dados de
telefones celulares, incluindo iPhones, BlackBerrys e smartphones Nokia.
Além disso, também existem evidências que apontam que esse caso de
espionagem também tinha como alvo aparelhos Android e BlackBerry.
“Os criminosos estão levando os dispositivos móveis a sério, porque
atualmente eles contêm mais dados privados do que nos nossos PCs. Em
2012 registramos milhares de novos programas maliciosos que foram
criados para roubar informações, dinheiro e espionar os usuários.
Infelizmente, a plataforma Android se tornou um ambiente perigoso que precisa urgentemente de proteção”, afirmou Denis Maslennikov.
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