Suas informações estão seguras na internet? Se você faz uso de redes sociais e muitas outras ferramentas da internet atual, provavelmente não. Governos e empresas podem acessar, com facilidade, os dados de usuários da internet e constantemente o fazem, informa Rainey Reitman, diretora de ativismo da Electronic Frontier Foundation (EFF), nesta quarta-feira, 30, durante a Campus Party.
Reitman deu alguns exemplos de como a internet e a tecnologia moderna, ao mesmo tempo que ajuda a produção de conteúdo quase infinito, pode ser usada negativamente para o monitoramento de atividades dos usuários.
“A internet móvel tem seus pontos positivos, como o acesso ao conhecimento em qualquer lugar, mas também gera um rastro do usuário”, declarou . Ela citou o exemplo do movimento Occupy Wall Street, quando Malcolm Harris, um dos protestantes, teve sua vida revirada pelo governo, que sem um mandado, pediu todas as suas informações ao Twitter: pessoas que seguia, seguidores e IPs de onde tuitava, com os quais poderia triangular suas localizações e possíveis pessoas que estavam com ele.
“A internet móvel tem seus pontos positivos, como o acesso ao conhecimento em qualquer lugar, mas também gera um rastro do usuário”, declarou . Ela citou o exemplo do movimento Occupy Wall Street, quando Malcolm Harris, um dos protestantes, teve sua vida revirada pelo governo, que sem um mandado, pediu todas as suas informações ao Twitter: pessoas que seguia, seguidores e IPs de onde tuitava, com os quais poderia triangular suas localizações e possíveis pessoas que estavam com ele.
Segundo ela, já há empresas especializadas em vigilância trabalhando para os governos. Elas vendem spywares com os quais é possível interceptar conversas por e-mail e troca de mensagens e até mesmo ativar a webcam de usuários sem seu consentimento. Uma delas é a FishFin, que teve atuação importante na repressão aos protestos egípcios de 2011, que acabaram derrubando o presidente do Hosni Mubarak. Outras companhias são Trovicor, BlueCoat e Narus.
Diante de tanta vigilância e repressão, Reitman sugere algumas alternativas que ajudam a driblar um pouco esta falta de privacidade na rede. Conheça algumas:
TOR: Nós, do Olhar Digital, já falamos bastante sobre o TOR, o The Onion Router, em nosso especial sobre a Deep Web. Trata-se de uma ferramenta poderosa de navegação anônima, que torna o usuário virtualmente irrastreável. Entretanto, ele é muito lento e requer voluntários para servir como 'nós' do sistema.
Para funcionar, o TOR precisa de usuários funcionando como nós do meio do caminho dos dados, que é relativamente seguro por transmitir apenas informações encriptadas. Entretanto, também é necessário o nó final, que transmite a resposta da solicitação do usuário, que pode ser rastreado e ligado a possíveis ações ilegais que possam vir a acontecer utilizando este anonimato, então há um risco.
Off-the-record messaging: Trata-se de um protocolo de de bate-papo mais seguro, por conter encriptação na troca de mensagens. A maioria dos grandes mensageiros instantâneos não conta com este recurso e boa parte dos alternativos também não; entretanto, eles contam com a possibilidade de incluir um plug-in para isso. Pidgin, Trillian, Miranda, por exemplo, são softwares que permitem a instalação do plug-in.
HTTPS everywhere: O nome é quase auto-explicativo. É um plug-in desenvolvido pela própria EFF, que faz com que os usuários se conectem a sites utilizando o protocolo HTTPS automaticamente, quando estiver disponível. Desta forma, a comunicação entre usuário e servidor é encriptada, e é mais difícil obter as informações do usuário. Disponível como plug-in para Firefox e Chrome
TOSBack: Outra ferramenta criada pela EFF para monitorar os termos de serviço dos principais sites da internet. Ele guarda os termos antigos e permite a comparação com os novos para saber se houve algum tipo de alteração não divulgada para o público nos termos de serviço.
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