Um dos maiores atrativos do Linux é justamente sua compatibilidade com hardware antigo, podendo ser executado em máquinas que já não são suportadas há anos por outros sistemas operacionais. Mas até onde vale a pena manter compatibilidade com componentes ultrapassados e ter que esquentar a cabeça com ajustes diversos a cada alteração no código? Foi pensando nisso que Linus Torvalds removeu do kernel Linux o suporte a processadores Intel 386, que possuem quase… 30 anos de idade.


O primeiro processador 386 da Intel foi apresentado ao mundo em 1985, e incrivelmente continuou sendo produzido até 2007. Esse tempo de vida extra desse pequeno dinossauro se deve ao uso em sistemas embarcados e até mesmo celulares, mas ele provavelmente não era usado em desktops ou netbooks desde o começo do ano 2000. E eu estou sendo generoso aqui: meu primeiro computador tinha um processador Pentium 100 MMX e já era considerado velhinho em 1997.

Os motivos para remoção são um tanto quanto óbvios, e Linus Torvalds ainda ressalta que isso remove também muito da complexidade que atingia o desenvolvimento do kernel Linux por anos a fio. E, mesmo que por algum motivo bizarro você ainda mantenha uma máquina com quase 30 anos em uso, pode ficar tranquilo: o suporte aos processadores 386 só deixa de existir para as próximas versões do kernel. Assim, você só precisa continuar usando a sua carroça sem fazer nenhuma atualização até que a natureza faça sua parte e o equipamento morra de vez.

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