Um mês depois de sugerir à Agência Nacional de Telecomunicações que proibisse a oferta do 4G
por causa da má qualidade do serviço, a Proteste diz aguardar
respostas. Por este motivo, mantém a recomendação para que os
consumidores evitem contratar os planos.
No documento enviado ao órgão, a associação que reúne consumidores e
engenheiros de telecomunicações pede esclarecimentos sobre limitações
como cobertura restrita, incompatibilidade com aparelhos e preços caros.
“Estamos à espera de posicionamentos. Se não há possibilidade de
prestação serviço com qualidade, deixe as pessoas saberem disso”, pontua
Sonia Amaro, superintendente Institucional da Proteste.
Segundo ela, as operadoras praticam propaganda enganosa ao comercializar
pacotes que não entregam o prometido. “O consumidor é sempre o mais
prejudicado, e acaba levando ‘gato por lebre’”, critica Sonia. Na
teroria, o 4G deverá acelerar em até 50 vezes a banda larga móvel, para 50 Mbps.
Há também o fator que pesa no bolso do consumidor. A associação alega
que a indefinição quanto à disponibilidade das frequências para uso do 4G faz com que os aparelhos e planos mais caros sejam operados com qualidade de 3G.
"Depois
de assinar o contrato de fidelidade com a operadora e se dar conta da
limitação, o consumidor que precisa transmitir e receber grande
quantidade de dados se sentirá enganado", observa Maria Inês Dolci,
coordenadora institucional da organização.
O 4G funciona
no Brasil nas frequências 2,5 GHz e 700 MHz, esta última disponível nos
próximos anos em função da necessidade de consulta pública para
desocupação das TVs que hoje a utilizam.
A quarta geração de telefonia móvel chegou parcialmente às cidades-sede
da Copa das Confederações em 30 de abril. Segundo a Anatel, naquele mês,
o número de assinaturas da tecnologia triplicou e alcançou 48,4 mil
linhas.
A reportagem procurou a Anatel para comentar o assunto, mas não obteve retorno até a publicação do texto.
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» Consumidores devem manter distância do 4G, alerta Proteste
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